Com uma carga horária de oito horas diárias, que normalmente costuma se estender, dedicamos pelo menos metade de nossas vidas ao nosso trabalho. Através dele temos a oportunidade de nos realizarmos, de darmos nossa contribuição para fazer um mundo melhor, não importando o tipo ou amplitude de nossa função. Ainda que aparentemente certas ocupações possam parecer pequenas ou de baixo valor, o sentimento e intenção com os quais as realizamos sempre fazem diferença.
Em um mundo onde os padrões de sucesso são tão estereotipados, e em que poder e dinheiro são tão valorizados, gostar de servir aos outros, por exemplo, pode ser considerado algo de menor valor para muitos. Mas o que realmente faz um trabalho ter pouco valor é a baixa satisfação e realização que ele proporciona a quem o realiza. Pois o real valor do trabalho é a energia que colocamos nele.
Reflita:
- Qual a verdadeira motivação de suas escolhas profissionais?
- O seu trabalho representa apenas uma maneira de ganhar dinheiro?
- Você se apega ao status e ao glamour do seu cargo, da sua empresa ou da sua profissão?
- Você se sente pressionado pelos pais, familiares, amigos e sociedade para escolher e realizar seu trabalho?
Se para você o reconhecimento dos outros pesa muito, é interessante repensar seus valores, pois bem provavelmente você vem deixando de lado os seus verdadeiros desejos para buscar a aceitação dos outros. Se está em uma profissão e trabalho simplesmente porque acha que é preciso ocupar-se, ou pelo salário, pela imagem, ainda que faça um bom trabalho, se não sente satisfação, como pode ser feliz e contribuir para o mundo com todo o seu potencial? Porque se deixa limitar-se?
Colocamos muitos empecilhos, influenciados por pressões externas. Mas essa pressão só existe se nos deixamos levar por ela. É normal sentirmos medo de sair daquilo que já conhecemos e parece mais seguro, da ilusão de fazer o que dizem ser o melhor, e assumir o risco por conta própria de buscarmos nossa felicidade. Ir contra a maioria pode exigir uma coragem e força, que de início pode nos desanimar. Mas o poder pessoal e a realização que adquirimos quando vivemos a nossa verdade compensam qualquer sentimento desagradável que de início possa haver.
Trabalho não é apenas um meio de ganhar dinheiro ou de ser aceito e admirado. Muito mais do que isso, pode ser um meio de ser feliz, de se realizar, de fazer um mundo melhor. É sua escolha!
Reflexões que podem ajudar:
- Qual sentimento aflora quando penso em minha escolha profissional e meu trabalho? Força, bem-estar, motivação? Ou frustração, angústia, aprisionamento?
- Acho meu trabalho bonito, gosto do que ele representa. Mas ele realmente me satisfaz?
- Quando penso em meu trabalho me identifico e fico satisfeito com ele, mas no dia-a-dia não sinto prazer realizando-o.
- Estou realizando um verdadeiro desejo ou estou atendendo aos anseios de meus pais, familiares, amigos?
"Muitas vezes ao abrir mão de nossa vontade durante muito tempo, esquecemos quem somos e o que queremos."
Como saber o que realmente quero?
É preciso entrar em contato com você mesmo para descobrir. O primeiro passo é aprender a acalmar a mente, para poder acessar os seus desejos sem a interferência dos seus pensamentos. A meditação é uma ótima maneira para conseguir acalmar a mente .
Quando conseguir manter-se em estado meditativo, entrar em contato com aquela parte sua mais pura, mais verdadeira e se coloque na intenção de perceber qual o seu direcionamento profissional. Permita-se sentir, perceber quais impressões vêm para você na forma de sentimentos, ideias, sonhos, percepções. Deixe fluir e tente não racionalizar, apenas perceba o que vem para você.
Anote suas percepções, elas podem lhe indicar quais são os seus verdadeiros anseios e desejos.
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