-
O teor alcoólico das bebidas (que varia de
acordo com a bebida);
-
O grande teor calórico dessas bebidas: 7
Kcal por grama.
Esta caloria é
chamada de caloria vazia, ou seja, o álcool não fornece nenhum tipo de
nutriente para o organismo. Devido a esse valor energético, o
indivíduo que bebe grande quantidade de bebida alcoólica não sente
fome.
Cerca de 1/4 da população
adulta em algum período de suas vidas apresenta algum problema crônico
associado ao álcool, sendo que o alcoolista compreende 10 da população
aproximadamente.
É considerado um
bebedor excessivo, aquele indivíduo que consome diariamente:
Homens: 3 e 1/2 copos de vinho, 2 garrafas
de cerveja ou 3 e 12 doses de destilados;
Mulheres: 2 copos de vinho, 1 garrafa de cerveja
ou três doses de destilados.
Apenas
como curiosidade, a obtenção do álcool etílico pode se dar pelo
processo da fermentação, como no caso das cervejas e vinhos, ou
por destilação, como no caso da cachaça, do uísque, rum,
vodka, gim e conhaque. Eis o teor de álcool de algumas bebidas.
Concentração
de álcool etílico nas bebidas alcoólicas
Cervejas
|
De 3 a
6
|
Vinhos
|
De 10 a 14
|
Destilados em geral
|
De 40 a 50
|
Licores
|
De 30 a 50
|
Álcool puro (combustível)
|
De 90 a 100
|
Ações do Álcool no Organismo Humano
Estes sintomas
agradáveis são os responsáveis pelo início do ato de beber; no entanto,
todos eles desaparecem à medida que se eleva o nível de álcool no
sangue.
O primeiro dos sintomas
maléficos relacionados à ingestão de bebidas alcoólica, freqüentemente
associado ao alcoolismo, é o palimpsesto alcoólico, que compreende em
uma fuga de memória não relacionada com a perda da consciência. Após a
ingestão do equivalente a 600 gramas de álcool
absoluto, o bebedor não apresenta sintoma de embriaguez, mantém
conversação razoável e efetua uma série de atos minuciosos, mas no dia
seguinte, não tem a menor lembrança do que se passou. Este sintoma é um
sinal de alerta do alcoolismo incipiente, mas passa desapercebido e a
doença pode progredir para as fases agudas do alcoolismo
chegando até o estágio crônico.
Além
do risco do alcoolismo, o organismo sofre a influência do álcool, que
em certa quantidade, leva a um estado de desnutrição, e diminuição das
defesas orgânicas.
O alcool
etílico é, portanto, o vilão a ser combatido. No aparelho digestivo, ele
age como irritante da mucosa, levando à sensação de queimação, e
favorecendo o aparecimento de gastrite, hemorragias digestivas, câncer
de esôfago e gástrico.
No fígado, pode
resultar em hepatite alcoólica, cirrose e câncer
No coração, há risco de insuficiência circulatória,
pulso irregular, hipertensão arterial, aumento da silhueta cardíaca,
arritmias, insuficiência cardíaca e necrose cardíaca.
São freqüentes também as infecções urinárias. Pode
desencadear ainda alterações endócrinas, mais comumente ligadas à
função dos testículos, o que pode levar a uma diminuição da sexualidade
No sistema nervoso central, as lesões podem
ser graves, terminando até no quadro de demência alcoólica.
Se
você tem pressão alta, mais cuidado ainda com o álcool!
Pesquisas e estudos indicam que beber demais
eleva a pressão arterial. Por outro lado, diminuir a bebedeira abaixa a
pressão tanto em quem tem a doença, quanto em quem não a tem.
O por que dessa relação ainda é pouco
conhecido. O consumo agudo de álcool causa uma elevação rápida da
pressão arterial, devido ao seu efeito vasoconstritor direto em alguns
vasos sanguíneos.
A ingestão de
bebida alcoólica máxima recomendada se limita a 30ml de álcool por dia.
Trocando em miúdos, isso equivale a :
§
1 garrafa de cerveja (600 ml);
§ 2
taças de vinho (250 ml);
§
1 dose de destilados (60 ml).
Esse limite deve ser reduzido à metade para
homens de baixo peso, mulheres, indivíduos com sobrepeso e/ou
triglicérides elevado. O consumo diário maior que as quantidades
descritas e/ou grandes quantidades num único dia associam-se a risco
cardiovascular elevado.
E os famosos benefícios do álcool para a saúde?
De fato existem alguns indícios de que a
ingestão moderada de vinho tinto pode exercer um efeito protetor modesto
contra a doença arterial coronariana.
Em
1992, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston
provaram que o hábito de tomar um copo de vinho tinto às refeições
ajudava os franceses a manter o coração saudável. Segundo o chefe da
pesquisa, Curtis Ellinson, os responsáveis eram os compostos encontrados
na casca da uva. Entre eles o que mais se destacou foi um com o efeito
de diminuir as
taxas de colesterol,
conhecido pelos cientistas por RESVERATROL.
A quantidade diária recomendada pelo pesquisador é de dois cálices de vinho
tinto junto com as refeições.
O cuidado que se deve ter é que O MESMO EFEITO PROTETOR PODE SER
OBTIDO PELO SUCO DE UVA,
segundo pesquisa do Instituto do Coração de São Paulo.
Portanto, depois de tantos motivos, o álcool
pode muito bem ser evitado. O álcool etílico interfere na fisiologia do
organismo, e tem ações prejudiciais na coordenação motora, dificuldades
de raciocínio, diminuição de reflexos e perturbações visuais que podem
levar desde acidentes de trânsito a desvios de conduta social
indesejáveis.
Pelo ponto de vista
estritamente nutricional, a contribuição calórica do álcool só
atrapalha quem quer reduzir peso, ou manter a silhueta legal. Aquela
barriguinha de chopp agradece quem decide diminuir o consumo de álcool.
Pense bem: em uma cerveja de 600 mL, teremos
aproximadamente 28 mL de álcool, o que equivale a 196 kcal! Agora some
os outros componentes da cerveja como os cereais maltados, e outros
carboidratos...Acredite, o melhor mesmo é moderar o consumo!
Fonte:
Cardoso, Leonardo Mendes. Alcoolismo - questão de bom
senso. São Paulo: PAULUS. 1996. 53p.
Beevers,
D. Gareth. Hipertensão na prática. D. Gareth
Beevers. Graham A. Macgregor. São Paulo: GUANABARA KOOGAN.
32p.
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