"Os efeitos colaterais quase não estão sendo notificados. Existem números dos EUA, que já está aplicando a vacina desde o ano passado, que mostram que a notificação de efeito colateral é equivalente a encontrada na vacina de gripe normal, que lá é distribuída para toda a população e não somente para os idosos como acontece aqui no Brasil."
Ainda de acordo com o médico, a vacina possui o vírus na forma inativa, por isso é impossível
desenvolver uma virose a partir da aplicação da vacina. "Se a pessoa apresenta
sintomas de virose como dor no corpo, febre e mal estar logo após a vacina é
porque o vírus já estava incubado antes da vacinação." As mudanças bruscas de
temperatura, muito comuns especialmente no Sul e no Sudeste do País, causam
problemas como rinite que podem ser confundidas com as gripes.
De acordo com Sperandio, o efeito colateral que é relatado em 10% das pessoas que receberam a dose é vermelhidão e dor no local da aplicação. "Raramente alguns pacientes apresentaram dor no corpo e desconforto. Alguns e-mails também circularam pela internet falando sobre a possibilidade do desenvolvimento Síndrome de Guillain-Barré, que pode levar a morte, a partir da vacina, mas isso, de acordo com estudos, é muito raro mesmo. A chance de desenvolver a síndrome é a mesma com a aplicação dessa vacina ou de qualquer outra, raríssima."
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, não há números para serem divulgados dos efeitos colaterais registrados, mas afirma que o número de pessoas que apresentaram qualquer tipo de reação é mínimo.
Outro boato que teve destaque sobre o assunto é sobre a quantidade de mercúrio na vacina. "A quantidade não é maior do que o indicado.", explica Sperandio.
O médico afirma que é muito importante que a
população tome a vacina. Ele que mora e trabalha e Curitiba, umas das cidades
com o maior número de casos da doença, lembra bem o pavor coletivo que a doença
causou na população. "A vacina vai servir para que a população se sinta
protegida. Além disso, se as pessoas das faixas etárias forem vacinadas, vai
acontecer o efeito rebanho. Ou seja, as pessoas que normalmente passariam o
vírus já que é a faixa etária de trabalhadores, crianças que estão em creches
não terão a doença o que diminuirá muito a transmissão."
Etapas
A primeira etapa de ocorreu entre 8 e 19 de março e foi para indígenas que vivem em aldeias e trabalhadores de serviços de saúde. E a segunda, que segue até a próxima sexta-feira, tem como público-alvo gestantes, crianças de seis meses a dois anos e doentes crônicos (exceto idosos).
Em cada uma das etapas, os postos de vacinação serão definidos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. As vacinas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde ao longo do período de vacinação, de acordo com cada etapa. Por isso, é importante que a população compareça aos postos de vacinação na data estabelecida para o grupo ao qual pertence. Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo. Por Larissa Alvarez
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