FORÇA INTERNA PARA ENFRENTAR O CÂNCER

fevereiro 20, 2012

Terapia ajuda paciente a ser agente da própria história - e não vítima
Todos nós nos preocupamos, em maior ou menor grau, com nossa saúde. A despeito dos cuidados que possamos ter com nosso corpo, em algum momento ou outro adoecemos. Às vezes pegamos um resfriado ou uma conjuntivite, doenças agudas que cedem rapidamente, possivelmente até sem tratamento. Algumas vezes, porém, podemos nos defrontar com doenças crônicas com as quais temos que conviver por toda a vida e ajustar nossos hábitos por isso, como é o caso das alergias e do diabetes. E há as situações das doenças que encaramos como uma grande ameaça, e o câncer é o seu exemplo mais contundente.
Neste sábado, 4 de ferevereiro, é Dia Mundial Contra o Câncer. No mundo todo, a data é uma oportunidade de chamar atenção sobre medidas de prevenção e de combate à doença. Até algumas décadas atrás, o diagnóstico de câncer era praticamente uma sentença de morte. Com o avanço nos métodos de diagnóstico e de tratamento, muitos tipos de câncer vêm apresentando um crescente índice de cura. Contudo, a despeito desses avanços, receber um diagnóstico de câncer é um baque na vida de qualquer um. Sentimentos como medo e revolta podem surgir no início, mas a maioria dos pacientes logo os compensa com uma firme disposição para enfrentar essa ameaça.

SAINDO DA TRILHA

Toda doença é um sinal, um ponto de parada obrigatória que nos leva a refletir sobre a vida que estamos levando. Uma doença tão ameaçadora como o câncer pode levar a uma reflexão bem profunda, a refletir sobre o sentido da própria vida até o momento em que se encontra. Sentimos que nossa vida tem um sentido e a doença é um aviso de que nos afastamos dele. Quando saímos dessa trilha do sentido, inconscientemente geramos sinais que muitas vezes não conseguimos perceber. Sinais como medos inexplicáveis, uma frequente sensação de estranheza consigo mesmo, de que algo não é adequado, de que não estamos fazendo a coisa certa ou não estamos onde deveríamos estar. Quando ignoramos esses sinais, o corpo grita! É onde surgem as doenças, mais graves ou mais brandas, dependendo da intensidade do grito. Porque ter saúde é muito importante, mas mais importante ainda é viver uma vida com sentido. E o corpo pode até se sacrificar para que possamos enxergar a trilha do sentido que abandonamos em algum momento.
Por isso, diante de uma doença grave como o câncer, revela-se a importância de rever a própria história de uma forma objetiva, olhando os acontecimentos pelos quais passamos e os sentimentos que eles geraram. A Terapia Biográfica, através de vivências e atividades artísticas, leva a pessoa que a procura a perceber o sentido, juntando esses fatos e sentimentos como um quebra-cabeças que veio sem a tampa da caixa para servir de guia. Esse exercício de encontrar sentido nos fatos e construir a própria biografia gerará uma força interna que é tão necessária nesse enfrentamento da doença. É mais um recurso que permite à pessoa enxergar-se como agente da própria história e não vítima dela. E, como donos da própria vida, somos fortes para enfrentar qualquer adversidade, mesmo que possamos sair derrotados dela.
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Créditos de foto e texto ao personare

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