O assunto aumentou consideravelmente a procura pelo produto e trouxe uma série de questões que achamos relevantes sobre o consumo deste grão que traz tantos benefícios e ajuda a equilibrar o funcionamento do organismo.
Já falamos da linhaça em outros posts, mas vamos aproveitar para retomar o tema com um material desenvolvido especialmente sobre o assunto pela nutricionista Flávia Morais. Confiram:
Quais os benefícios do consumo da linhaça?
A linhaça é considerada um alimento funcional por ser fonte de ômega 3, fibras e lignana. Estudos comprovam seus efeitos no controle e prevenção de risco de doenças cardiovasculares. Atua na diminuição dos sintomas de TPM e as fibras auxiliam no controle de peso e regularização do intestino.
Ela realmente ajuda na prevenção e combate de diversas patologias?
Sim. Estudos comprovam os efeitos benéficos do consumo regular de linhaça.
O ômega 3 é uma gordura insaturada, aliada a saúde do coração. Estudos mostram que o consumo de linhaça reduz o colesterol total e o LDL colesterol e a pressão arterial confirmando seu efeito cardioprotetor. Tem efeito antiinflamatório, podendo ser usado no tratamento de artrite e dermatite. Sua ação antioxidante o faz potente contra a formação de placas de ateroma, além de reforçar o sistema imunológico.
Coadjuvante no tratamento da depressão, melhora as funções mentais de idosos e de pessoas com problemas de conduta (esquizofrenia). Estudos demonstram que o ômega 3 presente na linhaça atua na prevenção de demência e mal de Alzheimer.
A lignana atua no combate a sintomas de TPM e também protege contra câncer de mama e próstata.
Estudos com mulheres mostram o papel da linhaça na manutenção da saúde óssea e também seu efeito na redução de risco de câncer hormônio dependente. Auxiliam no combate a sintomas da TPM e menopausa e a prevenir o surgimento de câncer de mama, principalmente se combinadas as isoflavonas da soja.
As fibras da linhaça auxiliam na perda de peso, pois absorvem água, formam um gel que retarda o esvaziamento do estomago aumentando a saciedade, esse gel aumenta o volume do bolo fecal, regulariza o funcionamento do intestino e previnem o câncer coloretal e ainda auxilia no controle das taxas de glicose sanguíneas, diminuindo o risco de diabetes.
Existe algum tipo de diferença entre a linhaça marrom e a dourada?
A linhaça marrom, nativa da região mediterrânea, já está adaptada ao solo brasileiro, e ao clima quente e úmido. Apresenta casca uma pouco mais dura e resistente, o que pode diminuir a biodisponibilidade dos seus nutrientes.
A linhaça dourada cresce em climas frios. Geralmente é importada do Canadá. Tem a casca mais fina e seu sabor é mais suave do que o da linhaça marrom.
Estudos já demonstram que não existe diferença significativa na atividade antioxidante e quantidade de nutrientes nos dois tipos de linhaça. Os dois tipos tem teores similares de omega 3.
Qual a ingestão diária recomendada? Qual a forma ideal para consumi-la?
Normalmente 3 colheres de sobremesa/dia. A linhaça pode ser acrescentada em frutas, iogurtes, saladas, sucos, vitaminas, sopas e em preparações como bolos, tortas e massas de pães. Também pode substituir o óleo ou gordura utilizada em uma receita.
Os benefícios da linhaça são observados quando ela é consumida triturada, já que a mesma passa sem sofrer digestão no trato gastrointestinal porque sua casca é resistente à ação do suco gástrico. Um modo fácil de quebrar as sementes é passá-las em um liquidificador na tecla pulsar, para que não vire pó. Guardar em pote bem fechado no refrigerador, e ao abrigo da luz por até 3 dias. Também pode ser utilizada no último cozimento do feijão ou sopa.
A linhaça pode ser encontrada nas seguintes formas:
- Semente: grão intacto, fonte de ômegas 3 e 6, lignanas e fibras. Para que estes nutrientes possam ser absorvidos deve ser triturada ou moída. Lembrando que os ômegas se oxidam facilmente, então depois de triturada a linhaça deve ser guardada em pote bem fechado, opaco e sob refrigeração por até 3 dias.
A semente também pode ser germinada e adicionada a sucos verdes.
A semente também pode ser germinada e adicionada a sucos verdes.
- Farinha: é obtida através dos grãos de linhaça torrados e moídos. Boa fonte de fibras, mas como a maioria é parcialmente desengordurada, tem menor teor de ômegas 3, 6 (gorduras) e de lignanas se comparada a semente inteira.
- Óleo: é extraído da prensa das sementes de linhaça, rico em ômega-3. Fonte ainda de omega 6 e omega 9. Prefira os 100% integrais e naturais, obtidos por uma única prensagem a frio, sem aditivos ou solventes. A exposição ao calor, à luz e ao oxigênio provoca oxidação dos óleos, por isso é importante escolher os não refinados embalados em garrafas à prova de luz (opacas).
- Cápsulas: uma forma de suplementar a dieta com ômega 3. O óleo de linhaça é encapsulado, tornando mais prática sua administração. Como qualquer alimento encapsulado, precisa de registro no Ministério da Saúde que garanta sua qualidade.
A linhaça ainda pode ser encontrada na composição de barras de cereais, biscoitos, bolos, granolas.
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