Consumo de 1.300 miligramas por dia preveniria fraturas em fases posteriores da vida
Nessa fase, muitos jovens dormem tarde e acordam em cima da hora para ir à escola, deixando o café-da-manhã de lado — uma refeição em que tradicionalmente, no Brasil, se consomem alimentos ricos em cálcio, como leite, requeijão, manteiga e bebidas à base de soja. O hábito de 'pular' a primeira refeição do dia é agravado pelo consumo de outros alimentos não saudáveis, como refrigerantes e sanduíches gordurosos, destaca a nutróloga Vivian Suen, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Trata-se de um padrão de refeição que pode trazer problemas no futuro.
É na adolescência que ocorre o “pico de massa óssea”, fase em que “o osso já cresceu quase tudo o que tinha que crescer”, afirma a nutricionista Lígia Araújo Martini, da USP. “É extremamente importante a consolidação da massa óssea nessa fase, para prevenir fraturas quando chegar à fase idosa”, destaca.
Depois desse “pico”, ocorre uma perda natural de cálcio, acentuada aos 40 ou 50 anos e, principalmente, após os 60, afirma Antônio Herbert Lancha Jr., professor de nutrição aplicada à atividade física da Escola de Educação Física e Esportes da USP.
Isso não quer dizer, porém, que basta consumir cálcio na infância e na adolescência que tudo estará resolvido. Lancha Jr. adverte que quem teve boa formação óssea até os 20 anos, mas se torna extremamente sedentário depois, sem manter uma alimentação saudável, também corre risco de desenvolver doenças ósseas. Então, o ideal é manter o consumo regular de cálcio e praticar esportes ao longo da vida.
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