Alimentação saudável é fundamental para chegar à altura adequada
Não tem coisa mais deliciosa do que acompanhar o desenvolvimento do filho, não é verdade? Vê-lo ganhar altura e peso, dar os primeiros passos e falar as primeiras palavras são situações que deixam qualquer pai ou mãe em “estado de graça”. Algumas crianças, porém, demoram um pouco mais para crescer. Em muitos casos, isso não é razão para preocupação, contudo é importante saber observar os sintomas de um quadro atípico e como revertê-lo, a fim de que seu filho possa curtir bastante a infância e o futuro.
Todo pai ou mãe não resiste em comparar o filho com outros de idade semelhante. Não há problema nisso. Mas, no começo, é melhor acompanhar o crescimento de modo mais atento. Até os dois anos, o ideal é levar o filho a um pediatra pelo menos uma vez por mês, recomenda Hamilton Henrique Robledo, chefe do Serviço de Pediatria do Hospital São Camilo, em São Paulo. Ele fará a medição correta da criança e verificará se ela está dentro dos padrões.
É importante saber que, além da genética, que influencia e muito na estatura da criança, o crescimento pode ser determinado por fatores externos, como alimentação – que deve ser sempre balanceada – e a quantidade de exercícios que a criança faz. Nessa fase da vida, devem ser atividades que ajudam a fortalecer músculos e ossos, como brincar, fazer natação, artes marciais, atletismo e jogos recreativos em geral. No entanto, evite a musculação: carregar peso é contraindicado para crianças pequenas, a não ser em casos excepcionais, orientados pelo médico.
Na grande maioria das vezes, um crescimento aquém do esperado pode ser revertido. Por isso, se você notou diferença muito grande em termos de ganho de peso ou estatura, que tal fazer um balanço da alimentação de seu pequeno? Pode ser que ele esteja deixando de receber nutrientes fundamentais para auxiliá-lo nessa fase tão importante.
Excesso de doces, refrigerantes e comidas gordurosas prejudicam o desenvolvimento, já que têm baixo valor nutritivo. "Uma alimentação incorreta pode acelerar o processo de maturação óssea", afirma a professora Joyce do Valle, que leciona nutrição clínica infantil na Universidade Federal Fluminense (UFF). Isso significa que, comendo de forma desregrada, a pessoa pode crescer até determinada estatura, sem, contudo, chegar à altura determinada geneticamente, caso ela suprisse seu corpo com os nutrientes necessários.
Por isso, durante a infância, é muito importante inserir, nas refeições dos filhos, leite e derivados, frutas, verduras, legumes e proteínas encontradas em alimentos como AdeS e carne vermelha, que apresenta nutrientes importantes para o crescimento infantil.
De olho nele
Porém, às vezes, nem isso funciona. Foi o que ocorreu com Sofia, hoje com 3 anos, filha da dona de casa Marisa Spanos. Até 1 ano e 3 meses, ela tinha apenas 4 quilos, o peso de um recém-nascido. "Depois de alguns exames, os médicos descobriram que ela não tinha uma enzima que quebra as proteínas", conta a mãe.
A solução foi elaborar uma papinha que não contém quatro aminoácidos presentes na proteína comum, o que faz com que Sofia não rejeite a mistura. O restante da alimentação é complementado com água e sucos. O resultado foi tão satisfatório que, hoje, ela pesa 13 quilos, o que a deixa dentro do padrão de desenvolvimento para sua idade. Além disso, já alcançou a estatura adequada.
Como você viu, a solução para o problema de Sofia só foi possível depois que os pais recorreram aos especialistas. Portanto, qualquer dúvida sobre o crescimento de seu filho, consulte um médico.
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